Cerimônia de gala vai premiar os melhores artistas do teatro em 2014

Foto: Divulgação
No dia 17 de novembro, às 22h, um evento de gala no Clube Sírio Libanês - Prêmio Arte Qualidade 2014, premiará os melhores artistas do teatro com temporada em São Paulo este ano.

Espetáculos, atores, atrizes e diretores foram selecionados por uma comissão técnica especializada e agora aguardam a decisão do público. A votação pode ser feita pela internet no site (www.premioartequalidade.org.br).

Dan Stulbach, Marcelo Médici, Fábio Porchat, Miguel Falabella, Petrônio Gontijo, Irene Ravache, Laura Cardoso, Marisa Orth, Leona Cavalli, Marieta Severo, Zezé Polessa, Gabriela Duarte, Denise Del Vechhio, Daniel Dantas, Claudia Raia, Mel Lisboa e Juca de Oliveira são alguns dos indicados ao prêmio, nas categorias de comédia, drama e musical. 

Os espetáculos “Antes de mais nada”, “Cada dois com seus pobrema”, “Caros ouvintes”, “Meu Deus!”, “Meu passado me condena – A Peça” e “O que o mordomo viu” concorrem na categoria melhor espetáculo teatral de comédia. Na categoria drama: “Através de um espelho”, “Incêndios”, “Manual para dias chuvosos”, “Ou você poderia me beijar”, “Palavra de rainha”, “Quem tem medo de Virginia Woolf?” e “Trágica.3”. Em musical: “Cássia Eller, o Musical”, “Cazuza – Pro dia nascer feliz, o Musical”, “Crazy for you”, “Elis, o Muscial”, “Jesus Cristo Superstar”, “Rita Lee mora ao lado – O Musical”, “Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos”. Há ainda um prêmio destaque de teatro infantil. “A saga de Dom Quixote”, “O rei e a coroa enfeitiçada”, “Mania de explicação” e “Bruxas da Escócia” concorrem ao prêmio.

No total, serão entregues 14 prêmios para as produções de comédia, drama e musical. Os melhores espetáculos, diretores, atores e atrizes receberão a estatueta. Os votos serão computados até o dia 16 de novembro.

Ferreira Gullar é eleito novo membro da Academia Brasileira de Letras

"Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém:
fundo sem fundo". (Traduzir-se, de Ferreira Gullar)

Depois de recusar algumas vezes sua candidatura à ABL (Academia Brasileira de Letras), na última quinta-feira (9), o poeta maranhense Ferreira Gullar foi eleito para ocupar a cadeira 37 da ABL.

Gullar, eleito com 36 votos dos 37 no total, ocupa a cadeira do antecessor e, também poeta, Ivan Junqueira. Silva Ramos, Alcântara Machado, Assis Chateaubriand, Getúlio Vargas e João Cabral de Melo Neto, também já ocuparam a mesma cadeira da ABL.

José de Ribamar Ferreira mais conhecido como Ferreira Gullar, maranhense nascido em 10 de setembro de 1930 em São Luís (MA), descobriu a poesia aos 19 anos, nas suas leituras de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira.

'Luta Corporal' (1954), foi a publicação que o lançou no cenário literário do país e, nos dias de hoje, é reconhecido como um dos maiores poetas brasileiros vivo.

O Brasil apagou!

Enquanto o jogo rola, resolvi escrever algumas palavras (desabafo de torcedor), com um olho na TV e outro no meu teclado que se fez digitar as palavras mais perdidas, porque como todo torcedor em uma Copa, eu também vibro pelo meu país e manifesto a minha indignação contra este futebol medíocre.

Alguém sabe me dizer da identidade da Seleção Brasileira depois da conquista do penta em 2002? Talvez você nem ligue pelo que vou dizer, levando em consideração a conquista da Copa América e Copa das Confederações. Mas eu não vou esconder minhas verdades e opinião diante de títulos que pincelam ou ofuscam a imagem verdadeira do time da bagunçada CBF e seus patrocinadores/apoiadores. Ah que saudade de um futebol que só vi em vídeos...

E não é porque o atual técnico do Brasil foi um dos responsáveis pela conquista do título Mundial mais recente, que vou amenizar a sua culpa diante do que rola neste exato momento diante de um dos meus olhos. Estamos falando de Copa? Sim. É verdade. E quando se fala em Copa, se fala em tradições, grandes recordes, histórias, grandes jogadores, atletas experientes, mas o meu treinador resolveu escalar um elenco que confesso que alguns ali nem sei quem são. E olha que gosto de futebol.

Das nossas seis partidas nesta Copa, dez o centroavante Fred não moveu sequer esperanças minhas sobre seu futebol em campo. Neymar se machuca, o Brasil cai de quatro diante dele e esquece dos demais do elenco. Aqueles lá... é.. Bom.... Ja falei do Fred? Já. E, ele ainda está em campo. Incrível!

Caros, esquecemos que estamos jogando com a Alemanha. Tricampeã Mundial, vicecampeã em 2002 (perdeu para o Brasil - vão vir com tudo - e vieram). Tem em campo o atacante que chegou à marca do Ronaldo e a ultrapassou, o Klose (três Copas do Mundo). Quem o Brasil está pensando que é com este time? Não menosprezando os times que derrotamos anteriormente e que mesmo assim sofremos para vencer, mas espera! Espera! Não é assim que se joga uma Copa. Goool da Alemanha. O sexto gol. É... como falei anteriormente, Copa também é história e a Alemanha está fazendo a sua.

Espero daqui quatro anos não ter que escrever um texto semelhante. Espero ver uma mudança nesta seleção de marcas, de propagandas. Quero ver um futebol humilde. Pode ser trancudo como o de Camarões, ou uma zebra como o da Costa Rica, mas não quero ver o Brasil ser 'brasil' novamente. Aqueles que "nunca viram o Brasil ganhar o Mundial", eu lamento minhas queridas crianças, mas as recomendo procurar no Google, o Brasil de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.

Enquanto a Alemanha chega ao 7ª gol (vou usar numeral em respeito ao belo futebol alemão), fogos de vergonha gritam nos meus ouvidos e eu vou parando por aqui. Futebol é quase isso, amigos. A Derrota faz parte. Competir é o que vale. 

Thiago Carvalho

Após um ano, 'Passe Livre' realiza protesto em SP

Integrantes do MPL (Movimento Passe Livre), realizaram na tarde desta quinta-feira (19) na cidade de São Paulo, um protesto para comemorar um ano após a conquista da redução dos R$ 0,20 da tarifa do transporte público e pedir o fim dos três reais (atual custo da passagem de ônibus/metrô e trens).

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, cerca de 1.300 pessoas se reuniram na Praça do Ciclista em frente ao metrô Paulista com faixas, cartazes e catracas simbólicas de papelão.

Diferente dos outros atos, desta vez, o movimento informou a polícia o percurso do protesto, a fim de que não ocorresse a mesma desculpa da polícia ao afirmar que um dos motivos da utilização de força para conter o ato, seria dos grupos se separarem incentivando o caos na cidade.

O grupo partiu pacificamente da praça do ciclista e entrou no viaduto rebouças e pela própria avenida seguiu até a ponte Eusébio Matoso. 
Neste momento, um grupo ateou fogo em papelões bloqueando a avenida. A intenção era para a Marginal Pinheiros.

No dia em que ocorreu jogo da Copa aqui na cidade e toda atenção estava voltada a segurança dos turistas e torcedores em geral, o ato atraiu a atenção da imprensa nacional e internacional.

Histórias de uma Copa infeliz

Coluna: Thiago Carvalho

Nem todas as histórias acabam bem - com um final feliz, nem tampouco começam bem. Um torneio de futebol que acaba em um único mês, acabou com o Brasil em segundos, e está destruindo a paciência dos brasileiros numa fração.

Há 11 anos atrás, ainda no clima do Mundial na Alemanha em 2006, a Conmenbol (Confederação SulAmericana de Futebol), já anunciava os candidatos a sediar o maior evento esportivo do mundo: a Copa do Mundo 2014 da FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado). Argentina, Brasil e Colômbia eram os candidatos. Numa votação unânime pelos diretores da organização Sulamericana, o Brasil seria o escolhido. Caberia então a FIFA, analisar  as condições de infraestrutura do país para tal acontecimento.

Na época, o Brasil era presidido por Luíz Inácio Lula da Silva (Lula), numa candidatura vitoriosa aos olhos democráticos. O presidente da FIFA, Joseph Blatter e o presidente do Brasil Lula, já começavam a se reunir para definirem de fato a participação do Brasil como país sede do evento. Blatter havia dito que era provável que o país pudesse cumprir com os requisitos que a entidade esportiva, solicitava. O otimismo de ambos, pesavam iguais na balança.

Após visitas nos principais estádios do Brasil, Blatter, disse que não havia condições algumas do país (isso mencionando apenas estádios), de cumprir com os requisitos. Lula por sua vez, afirmava à imprensa que o país deveria construir doze novos estádios e o na época Ministro dos Esportes do Governo brasileiro Orlando Silva, dizia com forte convicção de que o Brasil faria o que fosse possível para receber o evento.

Ricardo Teixeira, o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) já empurrava a responsabilidade da iniciativa privada para a construções dos estádios que fossem necessários para a realização do evento e que atendessem ao 'padrão FIFA'.

Mas não acabava por aí. Em 2007, encerrava o prazo da FIFA para escolha do país sede. A CBF entregava a FIFA, as propostas das cidades brasileiras candidatas a sediar alguns jogos. No final do mesmo ano, a FIFA anunciava oficialmente o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, mas ainda definiria as cidades no ano seguinte. Já havia sido dada a largada, e o Brasil tinha apenas sete anos para construção dos estádios nos requisitos solicitados.

Pois bem, o país comemorava a oportunidade de sediar uma Copa pela segunda vez. Vivíamos num clima pesado de derrota com a eliminação no Mundial da Alemanha, e queríamos recuperar o futebol perdido, e nada melhor do que aqui na própria casa. 

Em artigo publicado no jornal El País, Lula afirmou: “Quando era presidente da República, trabalhei intensamente para que a Copa do Mundo de 2014 fosse realizada no Brasil. E não o fiz por razões econômicas ou políticas, mas pelo que o futebol representa para todos os povos e, particularmente, para o povo brasileiro. A nossa população apoiou com entusiasmo a ideia, rejeitando o preconceito elitista dos que dizem que um evento desse porte ‘é coisa de país rico’”.

O otimismo do Lula e de 90% do país era nítido e difícil de ser derrubado pelo que o presidente chamou de "elitistas", quando eles afirmaram que 'evento deste porte é coisa de país rico'. A ideia da realização da Copa para muitos brasileiros, era de que com ela, o país obtesse lucro para investimentos em vários setores. Alguns deles como, saúde, segurança, infraestrutura urbana que atendesse à todos, educação e transporte público. mas, os anos foram passando, estádios foram derrubados, estádios foram erguidos, e a saúde pública do país e sua economia, despencavam.

Estamos a cinco dias para a abertura do Mundial. Neste exato momento, estádios ainda não estão cem por cento e em meio a isto, já passamos por protestos e mais protestos, greves do transporte público envolvendo trens, metrôs e ônibus; greve de professores entre outras mazelas, em que o país se encontra. E então afirmavam: "Não vai ter Copa!" E agora, nos perguntamos: "Vai, ou realmente não vai ter Copa?"

O fato é que, o que nós esperamos a cinco dias é futebol. O que nos espera a pouco tempo também, é uma "Copa". "Copa" esta que será feita de brasileiro para brasileiro; de população para Estado.

Vamos fazer depois a nossa Copa. A Copa da Saúde, a Copa do Transporte, a Copa da Educação. Estas também são caras. Também são gastos milhões. Também se foge do orçamento. Nestas nossas Copas do dia a dia, somos heróis de nós mesmos, e vamos vencer de goleada.